Setembro Amarelo: O Papel do RH na Promoção da Saúde Mental e Apoio Emocional no Ambiente de Trabalho

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A campanha do Setembro Amarelo, dedicada à prevenção ao suicídio, é uma das iniciativas mais importantes para a conscientização sobre saúde mental no Brasil. Com o objetivo de combater o estigma em torno da depressão e outros transtornos mentais, a campanha busca promover o diálogo sobre o tema, especialmente dentro das empresas, onde o bem-estar dos colaboradores deve ser uma prioridade.

Neste artigo, vamos explorar a importância da prevenção ao suicídio nas organizações e como o RH pode desempenhar um papel fundamental nesse processo.

 

Sua Importância para a Prevenção ao Suicídio

O Setembro Amarelo é uma campanha nacional de conscientização que ocorre anualmente, com o foco na prevenção ao suicídio. No Brasil, mais de 13 mil suicídios são registrados todos os anos, segundo o Centro de Valorização da Vida (CVV), e a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 90% dos casos poderiam ser evitados com apoio adequado. As empresas têm um papel crucial na promoção de um ambiente saudável e seguro, oferecendo suporte e criando espaços para que os colaboradores possam se sentir acolhidos e, se necessário, procurarem ajuda.

Além disso, o suicídio é uma questão de saúde pública que ainda carrega um forte estigma, impedindo muitas pessoas de falarem sobre suas emoções e de buscarem ajuda. O ambiente de trabalho, por ser um espaço onde passamos grande parte do nosso dia, tem uma influência direta na saúde mental dos colaboradores. Ademais, pressão por resultados, prazos apertados, falta de reconhecimento e esgotamento mental são alguns dos fatores que podem contribuir para o desenvolvimento de transtornos como a depressão.

Por isso, promover a saúde mental nas empresas e integrar a campanha do Setembro Amarelo ao cotidiano organizacional é uma maneira eficaz de prevenir o suicídio e incentivar essa causa.

 

A História por Trás

A origem do Setembro Amarelo remonta ao trágico caso de um jovem americano chamado Mike Emme, que cometeu suicídio em 1994 aos 17 anos. Ele era apaixonado por carros e possuía um Mustang amarelo. Após sua morte, amigos e familiares distribuíram cartões com fitas amarelas e mensagens de apoio para quem estivesse passando por dificuldades emocionais.

Com isso, a iniciativa tomou grandes proporções e, em 2015, o movimento chegou ao Brasil, ganhando visibilidade nacional. Desde então, o mês de setembro passou a ser o marco oficial para a discussão sobre saúde mental e prevenção ao suicídio no país.

 

A Importância de Falar sobre a Depressão

A depressão é uma doença silenciosa que, muitas vezes, não apresenta sinais óbvios até que a situação se agrave. Segundo a OMS, mais de 300 milhões de pessoas no mundo sofrem com esse transtorno, que pode levar ao isolamento social, perda de interesse em atividades e, em casos graves, ao suicídio.

Falar sobre depressão no ambiente de trabalho é essencial para desmistificar o problema e criar uma cultura de acolhimento. Entretanto, infelizmente, muitas pessoas ainda veem a depressão como uma fraqueza pessoal, o que aumenta o medo de buscar ajuda.

 

O Que pode Levar à Depressão?

Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento da depressão, tanto externos quanto internos. Entre os principais estão:

  • Estresse crônico: O acúmulo de pressão no trabalho, excesso de responsabilidade e cobranças podem desencadear um estado de esgotamento mental.
  • Problemas familiares e financeiros: Dificuldades fora do ambiente corporativo também impactam diretamente a saúde mental do colaborador.
  • Isolamento social: A falta de interação ou a sensação de estar excluído de um grupo pode contribuir para sentimentos de solidão e tristeza profunda.
  • Histórico pessoal: Traumas anteriores, como abusos físicos ou emocionais, também aumentam o risco de depressão.

 

Como Identificar alguém que Precisa de Ajuda?

Muitas vezes, os sinais de que uma pessoa está passando por dificuldades emocionais não são evidentes. Porém, existem alguns indícios que podem ajudar a identificar quando alguém precisa de ajuda:

  • Mudanças drásticas de comportamento (por exemplo, uma pessoa antes sociável que passa a se isolar);
  • Dificuldades de concentração e diminuição da produtividade no trabalho;
  • Irritabilidade constante, cansaço excessivo ou insônia;
  • Comentários frequentes sobre sentimentos de inutilidade, tristeza ou desesperança.

 

É importante que líderes e colegas estejam atentos a essas mudanças, incentivando a busca por apoio emocional e profissional sempre que necessário.

 

O que fazer para ajudar?

Caso você identifique alguém que pode estar passando por dificuldades, algumas ações simples podem fazer uma grande diferença:

  • Ofereça apoio emocional: Muitas vezes, só o fato de ouvir sem julgar já é um grande alívio para quem está sofrendo.
  • Incentive a busca por ajuda profissional: Psicólogos e psiquiatras são essenciais para o tratamento de transtornos mentais, e incentivá-los a procurar ajuda pode salvar vidas.
  • Crie um ambiente seguro: Estimule a cultura do diálogo aberto sobre saúde mental, demonstrando que a empresa valoriza o bem-estar dos colaboradores.

 

Campanha nas Empresas através do RH

O RH desempenha um papel essencial na prevenção ao suicídio dentro das empresas. Campanhas internas, treinamentos sobre saúde mental e programas de apoio psicológico são algumas das iniciativas que podem ser adotadas para promover a conscientização e ajudar os colaboradores a se sentirem acolhidos. Além disso, o RH deve trabalhar na criação de políticas de bem-estar, promovendo um ambiente saudável e estimulante. Programas de qualidade de vida, flexibilização de horários e apoio à saúde mental são exemplos de boas práticas que ajudam a reduzir o estresse e a ansiedade.

Portanto, organizar palestras com especialistas, distribuir materiais informativos e criar canais confidenciais para que os colaboradores possam procurar ajuda são passos importantes na construção de um ambiente de trabalho mais seguro e acolhedor. Ademais, ao investir no bem-estar dos colaboradores, as organizações não apenas evitam o adoecimento mental, mas também criam um ambiente mais produtivo, saudável e humano.

Equipe Comprocard

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